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12/04/2016

Mercado de S. Sebastião



Já há algum tempo que o pequeno Mercado de S. Sebastião na Sé chama a atenção; ou melhor, não chama o tipo de atenção desejada: os visitantes e turistas que sobem ou descem a Avenida D. Afonso Henriques em direcção à Sé Catedral passam junto ao local, ocasionalmente espreitam ou fotografam, mas ainda assim raramente entram no espaço ou compram o que quer que seja.

Ao contrário do Mercado do Bolhão, que é emblemático e atraí visitantes todos os dias, mesmo no estado em que actualmente se encontra, o Mercado de S. Sebastião quase passa despercebido e afigura-se como pequeno e acanhado num espaço que a própria câmara e a freguesia que o gere reconhece que terá de ser intervencionado devido ao enorme potencial que o mesmo representa para que chame mais a atenção e os comerciantes locais possam usufruir do mesmo.

O problema do Mercado de S. Sebastião cruza-se com o desaproveitamento da própria Avenida D. Afonso Henriques que isola o primitivo bairro da Sé em lugar de funcionar como agregadora de outras áreas próximas da (antiga) freguesia. A limpeza e a retirada do arvoredo que o ocultava prometia dar-lhe maior destaque, mas não funcionou a seu favor. O edifício dos anos 90, que ainda assim não deixa de ser interessante por ser o primeiro do Porto a ter uma cobertura verde, continua a ser acanhado (pouco convidativo e quem por ali passa nem sempre percebe que se trata de um mercado), não dispõe de casa de banho, força as vendedoras a colocarem plásticos em volta das suas bancas para não estarem expostas às ventanias e já expõe vários sinais de degradação. Adicione-se a isto a desertificação do Centro Histórico registado desde há algumas décadas quando a clientela habitual são por norma residentes locais e temos aqui uma situação complexa que só um bom projecto de reabilitação urbana promete resolver – nem todos os casos são assim tão complexos, só que este é. Mas se for resolvido promete mudar muito para melhor esta área antiga da cidade.











Uma vez que já se reuniram todos os consensos mais que necessários para que a câmara municipal intervenha neste mercado, mesmo que a curto prazo só se preveja uma requalificação de melhoria de acessos e condições, só desejamos que futuramente surja um projecto de maior envolvência para que o Mercado seja muito mais apelativo, funcional e coerente com os desejos dos comerciantes, residentes e sobretudo com as normas e linhas de séculos que ditaram a exclusiva e típica arquitectura do centro histórico classificado pela UNESCO – um desafio que um sério amante do património não poderia recusar. Mas, por favor: não pensemos num novo projecto sacrificando o pouco arvoredo existente; qualquer arquitecto paisagístico, urbanista digno ou cidadão consciente que encare o imenso vazio e a posição isolacionista que se tornou a Avenida D. Afonso Henriques quando foi rasgada a meio do século passado não pode ignorar o valor que a plantação de mais árvores ou a projecção de uma alameda poderia prometer a este local.

20/01/2016

Ideias para Salvar os Centros Comerciais Fantasma (de Braga)

Trata-se de uma iniciativa que a cidade do Porto deveria importar para resgatar os seus próprios centros comerciais fantasma de 1ª geração (como o Stop, Cedofeita e o Brasília, entre outros) para que não se desertifiquem totalmente: A Associação Comercial de Braga avançou com o projecto "Activar Braga" para lançar a cabo um estudo sério multidisciplinar para perceber o potencial dos antigos shoppings das décadas de 70/80 (e até de 90) e recuperá-los, já que muitos se encontram abandonados e parcialmente devolutos.

A nova estratégia de intervenção só será conhecida após este estudo de diagnóstico, que dependerá de uma candidatura da associação apresentada ao Sistema de Apoio das Acções Colectivas (SIAC) do Programa Portugal 2020. Não é a primeira vez que Associação Comercial de Braga manifesta o seu interesse em desenvolver novas ideias para revitalizar estes espaços, pois em 2011 já apresentava à Câmara Municipal de Braga um plano que passava por centros de incubação de empresas, mas que não se chegou a concretizar.

É certo que pelo seu lado, o poder local já terá recebido projectos interessantes para requalificar alguns destes antigos centros comerciais através do recente Concurso de Ideias para a Regeneração Urbana da Avenida da Liberdade que passarão a atribuição de novas funções destes espaços através da sua reabilitação. Enquanto isso, ansiamos para que no Porto se verifique uma iniciativa similar e não se deixe morrer o que futuramente se pode traduzir no reaproveitamento de espaços sobreviventes que, em relação ao seu destino como eternas galerias comerciais, representam ainda uma incógnita.

08/01/2014

Mercado do Bolhão


O Mercado do Bolhão começou por ser uma pequena praça estabelecida no século XIX pela Câmara Municipal do Porto para servir de local de comércio. Essa praça conteve um lameiro atravessado por um riacho que formava uma autêntica bolha de água, que deu origem ao termo “bolhão”, que passou a designar o mercado. Só mais tarde, já em 1914, foi projetado o edifício eclético e monumental, inspirado na arquitectura francesa, que hoje conhecemos como o Mercado do Bolhão, desenhado pelo arquitecto Correia da Silva.

Passaram-se cem anos e o Mercado do Bolhão continua a suscitar todo o interesse. Mesmo as mais variadas alterações das últimas décadas não desvirtuem por completo a magnífica essência que os mais pequenos elementos transmitem. As esculturas clássicas de Mercúrio e Ceres continuam a ser uma alegoria para a Agricultura e o Comércio, os azulejos numa escadaria, referentes ao vinho, dão conta da importância do mercado a nível da promoção regional.



Temos aqui um belo monumento e uma futura praça de comércio tradicional, cuja reabilitação, sendo coerente e equilibrada, marcaria a cidade do Porto, promovendo o que há mais de característico numa cidade burguesa, invicta, que se deixa conduzir pelos melhores preceitos do seu rico passado.

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