12/05/2016

Escola Preparatória do Cerco


O que já foi uma escola é hoje em dia mais um daqueles espaços desocupados que servem os piores propósitos que habitualmente identificamos nas áreas mais desprezadas e devolutas da cidade do Porto: extremo vandalismo ou tráfico e consumo de droga aliados a outros negócios ilícitos (acresce-se a isto a indicação de ser uma zona de prostituição, segundo quem reside nas imediações).

Tratando-se de uma área abandonada e degradada contígua à nova escola Básica e Secundária do Cerco que foi requalificada pela Parque Escolar há poucos anos, pergunta-se o que falhou para que se tornasse um conjunto decadente na qual se verificam actividades que deixam pais e educadores, bem como muitos moradores próximos, altamente alarmados e indignados. Com esta requalificação e consequente esvaziamento da velha Preparatória, previa-se em 2010 a sua apropriação por um novo centro de saúde substituto da precária Unidade de Saúde do Ilhéu, algo que não se veio a concretizar, permitindo-se que a velha escola se degradasse e sofresse os efeitos da rapina consecutiva de materiais construtivos (principalmente metálicos).




Este caso não é apenas um síndrome de desprezo pela zona oriental do Porto e por uma das freguesias mais pobres da cidade, em que o Estado (também) é fortemente culpado, mas um exemplo que na inadequação do reaproveitamento atempadamente de imóveis ou estruturas disponíveis podem-se gerar e alimentar os graves problemas que em parte a própria reabilitação pretende combater – a garantia de requalificação de bens, imóveis e equipamentos para servir adequadamente um grupo de cidadãos ou uma dada população; nunca para prejudicá-los. 

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