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29/03/2016

Antigo Depósito da Água da CP será Reabilitado























Embora a notícia falhe por confundir professores por alunos, pelo menos promete quebrar com a ideia de que a reabilitação de equipamentos e estruturas não pode ser efectuada por designers.

Elias Marques e Sérgio Correia, professores da ESAD (e igualmente EX-ALUNOS) vão assim recuperar um antigo depósito de água de 1884 que se encontra junto à estação de metro da Senhora da Hora e que está em risco de ruir. O alerta para os riscos de perda desta estrutura partiu do Movimento Cívico pela Recuperação do Património da Senhora da Hora, cujo interessante trabalho merece ser acompanhado de perto (é pena que ainda escasse mais movimentos do género noutras freguesias e concelhos, embora inúmeros cidadãos vão ganhando cada vez mais respeito e maior sensibilidade em relação ao património em risco das áreas que os rodeiam.

As obras arrancarão em Abril e irão assim dar início a um plano que a própria Câmara Municipal já contemplava há alguns anos, mas que nunca pôde concretizar devido à falta de autorização da IP (Infraestruturas de Portugal), proprietário do equipamento.

10/02/2016

(A Falta de) Ideias para Reaproveitar as Cabines Telefónicas

As velhas cabines telefónicas públicas vermelhas foram uma marca da cidade do Porto do século XX, continuando a funcionar até tempos recentes, acabando por perder protagonismo com a massificação dos telemóveis. Actualmente, as poucas que existem no centro da cidade estão vazias e degradas, sem nenhuma utilização. Permanece o debate acerca da sua remoção, mas os que são a favor da sua retirada ignoram que estão a alienar não só uma pequena parte da história da sua cidade como um equipamento que deveria ser revalorizado e reaproveitado para outro tipos de funções na mesma medida em que os antigos quiosques continuaram a funcionar.

As cabines telefónicas vermelhas são também um sinal da influência britânica no Porto, assim como as velhas caixas de correio cilíndricas da mesma cor (qualquer visitante irá reconhecer de imediato o mesmo modelo numa visita a qualquer cidade do Reino Unido). Estas cabines foram desenhadas por Sir Giles Gilbert Scott em 1936, designadas então como Modelo K6, mas conhecidas no seu país de origem por «Jubilee Kiosk» (Quiosque do Jubileu). Giles Gilbert Scott era um notável arquitecto de profissão, mas ficou imortalizado no Reino Unido pelo design desta cabine telefónica clássica.

Numa nação marcada pela ávida protecção e defesa do seu património é perfeitamente natural que em 1988 tenham surgido manifestações públicas de desagrado contra a sua substituição por novas unidades como intencionava a British Telecom. E não é por acaso que, mesmo perdendo a sua utilidade em prestação de serviços telefónicos, tenham surgido nos últimos anos no Reino Unido novas ideias para reaproveitar as amadas cabines – muitas das quais têm sido utilizadas para ter máquinas de café e fazer outras prestações de serviços que se transformaram em lucrativos negócios, como as que têm equipamentos para engraxadores de sapatos que as alugam. E isso para não descrever as que já têm painéis solares com equipamentos para carregar telemóveis e tablets (as “Solarbox”) e, no caso das vilas e zonas rurais mais isoladas, algumas até já têm desfibrilhadores para casos de paragem cardíaca. E todo esse interesse pelo reaproveitamento das cabines obsoletas para funções distintas aumentou a partir do momento em que surgiram várias campanhas de publicidade que se traduziram num sucesso no Reino Unido.

Fora do Reino Unido, mas com outros modelos de cabines desactivadas, os EUA – nomeadamente em Nova Iorque – foram pioneiros em instalar pontos de wi-fi com internet gratuita e rápida além de ecrãs onde é possível encontrar informações sobre a cidade, fazer chamadas gratuitas e recarregar baterias via USB (infelizmente esse modelo levou mesmo à substituição completa das cabines, mas é uma ideia do que é possível fazer com as unidades, reaproveitando-as para outras utilidades de interesse público).

Já em Lisboa algumas cabines telefónicas foram utilizadas como pequenas bibliotecas – ideia que também surgiu no Reino Unido, mas já se chegou a debater a possibilidade de reutilizá-las igualmente como pontos de wi-fi gratuitos. O que é curioso é que alguns comerciantes e donos de cafés também já se lembraram de explorar as mesmas cabines como pequenos pontos de venda, enquanto vários cidadãos já se lembraram de que seriam ideais para implementar pequenas máquinas de venda automática (de café, artigos alimentares e até de preservativos).

Estas e outras ideias poderiam ser facilmente implementadas. O que não se compreende é como uma câmara municipal aberta a novas soluções tecnológicas para resolver problemas da cidade ainda não promoveu nenhum concurso aberto a designers (e não só) para desenvolver uma ideia para reaproveitar estas cabines abandonadas – que até dão uma má imagem. Não estamos contra a iniciativa de servirem de telas para arte urbana – até deveria ser menos discriminada e levaria a uma nova interpretação de um bem histórico da cidade, desde que fosse reaproveitado – o que nos aborrece é que permaneçam num estado de desprezo e desaproveitamento, abrindo caminho à sua degradação. 

26/01/2016

Fontanário de Ferro Fundido

Entre os elementos mais exclusivos da cidade do Porto encontram-se as velhas luminárias de ferro fundido da segunda metade do século XIX. Muitos ainda se encontram em diversos locais espalhados pela cidade e pela própria área metropolitana, nas urbanizações mais antigas. E não foram poucos os que já sofreram diversos restauros. Na zona da Foz do Douro, principalmente na Foz Velha e em várias ruas de Nevogilde é possivel identificar-se uns quantos, que dão um ambiente muito particular a uma área que inspira a determinados passeios pedrestes. 

É óbvio que estas luminárias já não funcionam a gás, e, conforme as diferentes alterações que foram sofrendo ao longo das décadas, também incorporaram vários tipos de lâmpadas, reconhecendo-se na actualidade o interesse em dotar estas luminárias com mais de um século de existência de lâmpadas novas, brancas, de "baixo consumo" - as robustas lâmpadas Tempore© de sódio de alta pressão, da Schreder®.

Mas entre estes elementos característicos, e bem mais exclusivos, também se destacam os velhos fontanários de ferro fundido da Foz com os quais se confundem devido à sua semelhança com os postes de iluminação mais altos e por terem sido forjados nas mesmas fábricas. Deixaram de ter a mesma função que teriam há décadas atrás, pois. Ainda assim, mantém-se alguns nos mesmos locais e apresentam fortes sinais de corrosão devido ao seu abandono. Os exemplares que localizamos são velhas relíquias da Fábrica de Fradelos e, no mínimo, deveriam ser protegidos ou mais estimados. Na verdade, se a ideia é que continuem desactivados, talvez o melhor mesmo fosse guardá-los no Banco de Materiais da Câmara Municipal do Porto, pois para todo o efeito são exemplares históricos interessantes de uma época superinteressante em termos de desenvolvimento industrial para a cidade.

É que através da degradação contínua e falta de estima por estes elementos somos levados a formular uma séria questão: Se um munícipio que tem como um dos principais objectivos zelar pelo seu património, como é que ignorando tantos detalhes pode ser responsável pela recuperação de maiores elementos? 

15/01/2016

O Quiosque do Largo Mompilher foi Retirado

A notícia foi avançada muito recentemente por um dos nossos seguidores e hoje foi noticiada. Finalmente o Quiosque Japonês (ou o que resta dele) do Largo Mompilher foi retirado para ser devidamente restaurado, desta vez pelos próprios serviços municipais. 

O Quiosque diferenciava-se dos demais por ser privado - não podendo o munícipio intervir prontamente na salvaguarda deste bem devoluto -, pelo que só a classificação de Imóvel de Interesse Público poderia tê-lo poupado a um destino pior.

Ainda não há uma data avançada para a sua recolocação, mas pelo menos será devidamente poupado ao vandalismo e abre-nos as expectativas de o vermos com um aspecto mais digno. 

Ver mais sobre o quiosque em: http://portosombrio.blogspot.pt/2016/01/o-quiosque-japones-do-largo-mompilher.html

Fonte:

http://www.publico.pt/local/noticia/quiosque-japones-do-porto-foi-retirado-para-ser-recuperado-1720257



11/01/2016

O Quiosque Japonês do Largo Mompilher

Mesmo após o incêndio que devastou parte da estrutura no mês de Junho de 2014, tendo sido classificado como Imóvel de Interesse Municipal e ter dado que falar nas várias notícias e reportagens sobre o seu estado degradado e a urgência em reabilitá-lo, o velho Quiosque Japonês no Largo Mompilher continua igual. Já o referimos no passado e pouco ou nada mudou.

Data dos anos 30 do século XX este quiosque em madeira revivalista que se destaca pela sua cor vermelha e continua a ser privado. No mesmo local chegou a existir um quiosque de ferro forjado (de 1910) e durante décadas esteve em funcionamento como local de venda de revistas e jornais.

Ignoramos o motivo pelo qual deixou de funcionar e se manteve fechado (e em relação a assuntos privados também não nos cabe aqui especular). O que sabemos é que essa é uma das razões para o qual se tornou em mais um bem inestimável devoluto; a outra principal razão é o vandalismo efectuado durante a noite, que nunca foi capaz de estimar o que tantos desejariam ver novamente em funcionamento e reabilitado.

Custa pensar que mesmo diante do seu diminuto tamanho, e sobretudo pelo seu valor histórico, o quiosque deste largo vai continuar igual — devoluto, sem utilidade e desprotegido.

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