São uma marca de um
território há muito desprezado e negligenciado. As ruínas, bem visíveis do
outro lado da margem do Rio Douro, fazem parte do conjunto de outras que se
encontram em duas encostas paralelas: as ruínas das escarpas das Fontainhas e
as da Serra do Pilar.
É triste pensar que só
nos últimos anos é que ambos os municípios (Porto e Vila Nova de Gaia)
decidiram valorizar estas encostas e procurar intervir no sentido de as tornar
mais interessantes a nível paisagístico ou até de proteger o seu património –
porque no estado em que ainda estão causam uma má imagem.
As ruínas são o que
restam do que na realidade começou como um hospício do século XVIII fundado por
monges carmelitas que resistiu até 1834, juntamente com a Ermida do Senhor
D’Além (que foi reconstruída várias décadas mais tarde). Posteriormente é que
se transformou na Fábrica de Cerâmica do Senhor D’Além, uma das muitas que
operou em Vila Nova de Gaia, que funcionou até aos anos 20 do século XX. Desde
então o complexo industrial permaneceu abandonado até se transformar num dos
montes de ruínas mais conhecidos e notados junto ao Douro.
Mas tal como foi
anunciado, já que dispõe de cais e de uma posição privilegiada, prevê-se a sua
reabilitação para breve e poderá vir a ocupar um novo hotel.
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