A arruinada e pilhada
Capela do Senhor D’Além, na Escarpa da Serra do Pilar em Vila Nova de Gaia, só
não se encontra em pior situação devido à estima de alguns sem-abrigo pelo
templo que desde há uns anos têm feito o possível para protegê-la. O seu estado
não é apenas uma vergonha, é uma marca do triste país onde estamos e a
incapacidade (de muitas entidades) em saber proteger ou preservar o seu
património.
Construída em 1877 no
mesmo local onde existiu outra ermida medieval do século XII que albergou uma
imagem do Senhor Crucificado encontrada durante a construção do primitivo
Mosteiro da Serra do Pilar e que veio mais tarde a albergar a imagem de S.
Nicolau e S. Bartolomeu (a partir de 1500), chegou a fazer parte de um Hospício
Carmelita que se acomodou no local já muito mais tarde até ser encerrado em
1832 na sequência da Lutas Liberais. O hospício foi ocupado passados poucos
anos por uma fábrica de louça, mas actualmente não passa de um monte de ruínas
– o mais descarado da margem sul do Douro junto a Vila Nova de Gaia.
Apesar de ter mantido o
seu culto durante bastantes anos, acabou por ser encerrada em tempos recentes.
Mas uma vez que a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia anunciou a sua intenção
de lançar um concurso público para a consolidação da escarpa da Serra do Pilar
e como o empresário Mário Ferreira (da Douro Azul) pretende erguer um hotel num
dos edifícios em ruínas junto à Capela, está prevista a sua reabilitação para
breve.
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