Um dos edifícios mais
notáveis da Rua da Restauração, virado para a antiga Fábrica de Louça de
Massarelos (onde agora existe um prédio de vários andares para habitação), é
este velho armazém abandonado que ainda exibe uma robustez única devido à qualidade
construtiva.
Gostávamos de estudá-lo
melhor – e assim o faremos – pois apesar da investigação que fizemos acerca
deste edifício, ainda não temos todas as respostas. Foi decerto um armazém, mas
um armazém de quê? Ainda não está completamente esclarecido, apesar dos rumores
que relacionaram a sua exploração com os produtos cerâmicos da Fábrica de Louça
de Massarelos (que sofreu um incêndio devastador em 1920 e desde então ficou
desactivada, tendo a sua produção sido continuada noutras instalações), também
se fala de têxteis e até de sal e produtos alimentares (a seu tempo
procuraremos esclarecer bem isso, pois é preciso frisar que este edifício foi
erguido após a desactivação da antiga unidade industrial de Massarelos que
ficaria em frente.
O armazém foi erguido
no ano de 1923 pela proprietária Maria Pinto Vieira e a sua arquitectura segue
de perto as linhas severas da Arte Nova
tardia – que podemos reconhecer em vários prédios do Porto das duas primeiras
décadas do século XX. Maior exemplo da Arte Nova é o friso de painéis de azulejos
que corre todas as fachadas do edifício, encontrando-se ainda intacto.
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