Inaugurado em 1957 e
orientado segundo as linhas do Português Suave, o Hotel Mirassol em frente à
Praia de Miramar (Vila Nova de Gaia) foi uma das unidades hoteleiras com maior
procura no Litoral Norte durante os finais dos anos 50 e no decorrer dos anos
60 e 70. Mas devido ao desordenamento urbanístico ocorrido em Miramar em torno
do hotel – que até não é pior do que em muitos outros locais e freguesias de
Vila Nova de Gaia – o lugar sofreu um dano paisagístico e, naturalmente, o
Hotel Mirassol veio a perder o seu encanto, acabando por ser obrigado a
encerrar nos anos 90.
Desde então, o Hotel
permaneceu abandonado e tem vindo a degradar-se até hoje, estando à mercê do
vandalismo. É certo que em 2002 parte do hotel e dos edifícios adjacentes de
«mau gosto» foram demolidos, a zona marginal costeira foi intervencionada graças
à Câmara Municipal de Gaia e desde então que se tem previsto recuperar o
edifício principal do hotel para englobar vários projectos de aproveitamento
daquela estância.
O primeiro projecto de reaproveitamento previa adicionar um prédio com vários apartamentos de 4 estrelas para
associados do Cofre de Providência de funcionários e agentes do Estado. Mas uma
mudança na direcção, ocorrida entre 2006 e 2007 cancelou essa construção e
decidiu vender o terreno. Em 2008 foi anunciada então o reaproveitamento do
hotel pela Simoga, empresa detida por accionistas da Salvador Caetano. Mas em
2009 o terreno foi novamente vendido e passou para as mãos da AutoPartner
Imobiliária SA que pertence à Salvador Caetano. E, desde então, apesar das
várias intenções e promessas, o Hotel Mirassol continua a arruinar-se.
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