O edifício industrial
de betão que actualmente podemos reconhecer a norte do complexo da Central
Termo-Eléctrica do Freixo está relacionado com a mesma, embora tenha servido um
propósito diferente, antes se relacionando com a indústria química.
Data de 1947 e foi
construído pela UEP (União Eléctrica Portuguesa) para aproveitar o excedente de
energia produzida que já se vinha a assinalar desde meados dos anos 30. Esta
fábrica, então designada por Empresa Industrial do Freixo, para se distinguir
do restante complexo próximo, aproveitou os excedentes de energia eléctrica
para produzir carboneto de cálcio e de ferro silício. O carboneto de cálcio é
um composto que tem várias aplicações industriais, mas nesta época servia
sobretudo para a produção de gás acetileno, que era muito utilizado em
lâmpadas. O ferro silício é um material muito necessário em fundições.
Ao escoar os excedentes
de produção de energia eléctrica para esta fábrica, que para produzir os
elementos que aqui assinalamos teria de dispor de muita energia, a UEP saía
muito beneficiada da EIF. A fábrica dispunha de dois fornos distintos: um para
produção de cal e outro para obter o carboneto de cálcio, não necessitando mais
de que algumas dezenas de operários para produzir continuamente. Deixou de
funcionar em 1974 e desde então permaneceu abandonada.
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