O Mercado do Bolhão
começou por ser uma pequena praça estabelecida no século XIX pela Câmara
Municipal do Porto para servir de local de comércio. Essa praça conteve um
lameiro atravessado por um riacho que formava uma autêntica bolha de água, que
deu origem ao termo “bolhão”, que passou a designar o mercado. Só mais tarde,
já em 1914, foi projetado o edifício eclético e monumental, inspirado na
arquitectura francesa, que hoje conhecemos como o Mercado do Bolhão, desenhado
pelo arquitecto Correia da Silva.
Passaram-se cem anos e o Mercado do Bolhão continua a
suscitar todo o interesse. Mesmo as mais variadas alterações das últimas
décadas não desvirtuem por completo a magnífica essência que os mais pequenos
elementos transmitem. As esculturas clássicas de Mercúrio e Ceres continuam a
ser uma alegoria para a Agricultura e o Comércio, os azulejos numa escadaria,
referentes ao vinho, dão conta da importância do mercado a nível da promoção
regional.
Temos aqui um belo monumento e uma futura praça de
comércio tradicional, cuja reabilitação, sendo coerente e equilibrada, marcaria
a cidade do Porto, promovendo o que há mais de característico numa cidade
burguesa, invicta, que se deixa conduzir pelos melhores preceitos do seu rico passado.
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