Nós não percebemos o
projecto de reabilitação do Colégio Luso Internacional do Porto. Aliás, ninguém
parece perceber. Não se percebe se as obras avançam, ou se foram interditadas, se
estão apenas interrompidas, ou se há realmente um projecto em vigor. Sabe-se
apenas aquilo que já se sabia há um ano atrás, e um ano anterior a esse: as
ruínas do Colégio Luso Internacional continuam a ser ruínas.
Construído no início do
século XX, foi propriedade da STCP e funcionou como uma subestação de
fornecimento de energia aos eléctricos da cidade. Esteve activo até 1974, ficou
devoluto e foi cedido em 1986 para servir então de colégio, onde funcionou como
tal durante mais de dez anos.
Quando em 2001 foram
inauguradas as novas instalações do Colégio Luso Internacional, o edifício
voltou a ficar sem utilidade. Foi previsto transformar-se numa discoteca e
existe um projecto da mesma, do grupo K, conhecido por “Kasa da Praia”. Sempre
existiram pareceres negativos ou contrários a este projecto por parte do IPPAR
e o processo desenrolou-se até hoje, permitindo que o edifício chegasse ao
completo estado de ruína.
No âmbito das últimas
corridas de automóveis na Avenida da Boavista, em 2013, as paredes das fachadas
exteriores do edifício foram pintadas. E existem todos os sinais que indicam a
vontade de reabilitar o edifício desde então… Mas reabilitá-lo para se
transformar no quê? Na referida discoteca? E porque as obras se arrastam de uma
forma tão vagarosa? Ninguém sabe.
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